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As doenças desmielinizantes são um grupo de diferentes doenças que afetam o organismo de forma semelhante. O que estas doenças têm em comum é a destruição de uma substância chamada mielina, que está presente no cérebro e em todos os nervos do corpo. A mielina facilita a condução dos sinais elétricos pelos nervos. Quando ela é destruída, os nervos perdem, temporária ou permanentemente, a capacidade de transmitir os sinais elétricos. As doenças desmielinizantes podem causar alterações na visão, na sensibilidade da pele, na força muscular, nos movimentos do corpo, entre outras, dependendo da região do cérebro que estiver afetada.A esclerose múltipla é um exemplo de doença desmielinizante e, embora afete principalmente adultos jovens, pode aparecer também em crianças e adolescentes. A esclerose múltipla é uma doença inflamatória e progressiva. Ela geralmente aparece na forma de crises passageiras de sintomas variados e pouco específicos, como: dores, cansaço, tontura, enjoo, vômitos, visão turva, perda de força, paralisia de membros, convulsões, etc, que repetem-se de tempos em tempos. Os sintomas podem progredir e tornarem-se permanentes, mas também podem desaparecer por completo após a crise. Os sintomas estão relacionados com a área do cérebro em que a mielina foi destruída. Não se sabe ainda qual é a causa da esclerose múltipla, mas sabe-se que pessoas do sexo feminino e aquelas cujos pais possuem doenças chamadas de autoimunes (como o lúpus) têm chances maiores de desenvolver esta doença. Para diagnosticar a esclerose múltipla, é necessário fazer o histórico detalhado das crises anteriores e, durante a crise, realizar exame físico neurológico completo e exames de imagem (como uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética) para confirmar as lesões no cérebro.
Autor do resumo: Larissa Oliveira Almeida
Revisor do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
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