A maconha pode causar alterações no humor, na coordenação motora, na memória, na atenção, tonturas e sonolência. Não é claro se causa dependência química.
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A maconha é uma planta cujo nome científico é Cannabis sativa. Ela é usada por um grande número de pessoas por sua capacidade de provocar relaxamento e leve euforia em quem a consome. Ainda não existe um consenso científico nem popular sobre a dependência química que a maconha pode causar. Há países que optaram pela descriminalização desta droga, mas, no Brasil, é proibido plantar, comercializar e usar maconha. A maconha entra no organismo ao ser fumada, ou seja, por meio da fumaça que é aspirada e absorvida pelos pulmões. Essa fumaça possui substâncias químicas chamadas de canabinoides, que são substâncias que exercem influência sobre o sistema nervoso, e por isso, podem provocar: alterações no humor (sensação de depressão, euforia, psicose ou ansiedade); perda de coordenação motora; dificuldade de concentração e orientação; diminuição de memória e atenção; alterações no metabolismo ou na digestão (promovendo acúmulo de gordura e aumento da fome); boca seca; tontura; sonolência; aumento da frequência cardíaca; relaxamento muscular; náuseas e vômitos recorrentes; aumento do risco de tosse, catarro e chiado no peito; alívio de dor; e efeitos sedativos. Entretanto, diversas pesquisas têm sido realizadas para investigar algumas substâncias específicas encontradas na maconha e que podem auxiliar em tratamentos médicos. Os principais estudos estão relacionados a tratamento de doenças neurológicas (epilepsia, esclerose múltipla, doença de Huntington, doença de Parkinson, transtornos de ansiedade); fibromialgia; dor neuropática associada ao HIV; náusea induzida pela quimioterapia; glaucoma; e doença inflamatória intestinal. Como estas pesquisas são preliminares e a maconha possui diversos componentes que ainda não têm seus efeitos estudados, os dados disponíveis não oferecem suporte suficiente determinar todos os riscos que o seu uso pode acarretar, mesmo em casos com finalidade terapêutica. Também é importante salientar que a maioria dos estudos é realizada com substâncias puras, isoladas em laboratório, e não com a maconha utilizada na forma de cigarro. Em países onde a maconha não é legalizada, há maior chance do fumo da planta ser misturado com outras substâncias ou outras plantas, aumentando o risco de efeitos desconhecidos, indesejáveis e dependência.Referências: DynaMed. Medical uses of cannabinoids. Informação atualizada em 19 de março de 2016. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/periodicos. Acesso em: 27 set. 2016.
Autor do resumo: Iara Cristina da Silva Pedro
Revisor do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
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