terça-feira, 1 de novembro de 2016

A vacina contra o HPV é eficaz?


A vacina contra o HPV é eficaz na prevenção da infecção pelo HPV em ambos os sexos.

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HPV é a sigla em inglês para um vírus chamado vírus do papiloma humano. A infecção por este vírus causa verrugas nos órgãos genitais e, em meninas e mulheres, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer do colo do útero (a parte que fica no fundo da vagina) e em outros locais do corpo. Em meninas, a vacinação contra o HPV é eficaz na prevenção da infecção por este vírus, na prevenção do câncer de colo de útero e na prevenção da formação de verrugas na região genital, podendo também prevenir o câncer de boca e garganta. Nos meninos, a vacina mostrou-se eficaz na prevenção do câncer de ânus e na prevenção de verrugas na região genital. Mesmo nas meninas vacinadas, é recomendado que o exame papanicolau seja feito regularmente a partir dos 21 anos de idade pois, em alguns casos, pessoas vacinadas contra o HPV podem ainda contrair o vírus. A vacina não deve ser tomada durante a gravidez. Existem dois tipos de vacinas para o HPV que estão em uso: uma delas previne a infecção pelos 4 tipos de HPV mais relacionados com o câncer de colo do útero (tipos 6, 11, 16, 18) enquanto que a outra previne a infecção por esses 4 tipos e por mais 5 tipos menos frequentes do vírus. Nenhuma das vacinas pode curar uma pessoa já infectada, mas pessoas com menos de 26 anos de idade e que já tiveram relação sexual ou que já apresentam alguma alteração genital devido ao HPV podem ainda se beneficiar da vacinação. Assim, com qualquer uma das vacinas, haverá maior proteção se ela for tomada antes do início da atividade sexual. Em meninas, a vacina deve ser aplicada aos 11 ou 12 anos de idade, mas pode ser tomada em qualquer momento entre os 9 e 26 anos de idade. Em meninos a vacina também deve ser aplicada aos 11 ou 12 anos de idade ou em qualquer momento entre os 9 e 21 anos ou, ainda, até os 26 anos naqueles que estão infectados pelo HIV ou no caso de homens que fazem sexo com outros homens. A vacina não evita a infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. Por isso, é importante que mesmo pessoas vacinadas continuem se protegendo com o uso de preservativos (camisinha). É normal que a vacina cause vermelhidão, inchaço e dor no local onde foi aplicada, mas normalmente esses sintomas passam em algumas horas.

Referências: UpToDate. Recommendations for the use of human papillomavirus vaccines. Informação atualizada em jul. 2016. Disponível em: www.sibi.usp.br. Acesso em: 17 set. 2016.
UpToDate. Clinical trials of human papillomavirus vaccines. Informação atualizada em set. 2014. Disponível em: www.sibi.usp.br. Acesso em: 17 set. 2016.
UpToDate. Patient education: human papillomavirus (HPV) vaccine (the basics) (s.d.). Disponível em: www.sibi.usp.br. Acesso em: 17 set. 2016.

Autor do resumo: Nivaldo Sena da Silva
Revisor do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

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