terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O que fazer durante uma convulsão?


Durante uma convulsão mantenha a calma, deite o paciente chão, soltando roupas principalmente na área do pescoço, e retirando da área objetos que possam machucá-lo.

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Geralmente, as convulsões são rápidas e não se deve fazer nada para tentar pará-la. O importante é proteger a pessoa de outras consequências, esperando a crise terminar espontaneamente. Ao presenciar alguém tendo uma convulsão, mantenha a calma, coloque o paciente deitado, preferencialmente no chão, soltando as roupas, principalmente na área do pescoço, e retirando da área objetos que possam machucá-lo. Se possível, coloque algo para proteger a cabeça de bater contra o chão, como por exemplo uma toalha ou almofada. Algumas pessoas se preocupam com as secreções da boca e a língua que pode enrolar. Existem muitos mitos sobre o que fazer neste momento e alguns deles aconselham medidas que podem piorar o estado do paciente. Se você tiver certeza de que a pessoa não teve um traumatismo craniano, lesão cervical (pescoço) ou na coluna, deve apenas virar a cabeça do paciente de lado e deixar as secreções escorrerem, sem colocar dedos ou qualquer objeto na boca do paciente. Ligue ou peça para alguém ligar para a emergência imediatamente se for a primeira crise convulsiva, se o paciente ficar com coloração azulada, tiver dificuldade em respirar, lesão na cabeça, doença cardíaca e suspeita de ter ingerido qualquer medicamento ou veneno. Caso o paciente já tenha tido convulsões antes que foram diagnosticadas por um médico, siga as orientações propostas pelo médico. Após a convulsão, o paciente deve ser observado até acordar completamente, pois ele pode ficar cansado, confuso, e entrar em um sono profundo. Se ele estiver respirando confortavelmente, não precisa tentar acordar o paciente; apenas encaminhe-o para uma avaliação médica o mais rápido possível. Entretanto, se ela não estiver respirando, faça as manobras de ressuscitação cardiopulmonar (massagem cardíaca e respiração) se você souber a técnica correta ou apenas faça a massagem cardíaca numa frequência de 100 a 120 compressões por minuto, até aguardar a chegada de alguém que saiba prestar um socorro mais avançado. A internação hospitalar só é necessária se o paciente estiver em alto risco, sem supervisão apropriada, permanecer doente, ter convulsões prolongadas ou complicadas ou se os recursos familiares forem inadequados. Em geral, as convulsões não são perigosas e não causam danos ao sistema nervoso central, e portanto, não necessitam de tratamento. Mas, há casos em que pode ser necessário o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que devem ser prescritos por um médico. Técnicas para reduzir o estresse e trazer ordem para a vida do paciente podem ajudar. Alguns pacientes aprenderam a controlar convulsões com auto-relaxamento.

Referências: DynaMed. Seizure in children. Informação atualizada em 30 de dezembro de 2016. Disponível em: http://psbe.ufrn.br/. Acesso em: 18 de janeiro de 2017.

Access Medicine. Middleton, D. B. Seizures. In: South-Paul, J. E; Matheny, S. C.; Lewis, E. L. (eds). Current diagnosis & treatment: family medicine. 4ed. New York: McGraw-Hill, 2015. Disponível em: http://psbe.ufrn.br/. Acesso em: 18 jan. 2017.

American Heart Association. Salva-Corações: primeiros socorros e RCP com DEA/DAE. AHA, 2014. Disponível em: http://www.international.heart.org/pt. Acesso em: 14 fev. 2017

Autor do resumo: Claudio Vinicius de Assis Rondado
Revisores do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona,  Enfa. Dra. Iara Cristina da Silva Pedro, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

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