Encefalocele é um defeito em que o cérebro ou as meninges ficam para fora do crânio, provocando deformidades na face, infecções respiratórias, meningites etc.
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O cérebro se localiza dentro do crânio e, ao seu redor, existem três membranas, chamadas meninges, que o envolvem e protegem, chamadas: dura-máter (mais externa), aracnoide (intermediária) e pia-máter (mais interna). A encefalocele é um tipo de malformação em que existe algum defeito no crânio ou na dura-máter, de modo que o cérebro e as outras meninges ficam parcialmente fora do crânio. A encefalocele pode estar presente desde o nascimento ou pode ser causada por algum tipo de acidente. A encefalocele pode ocorrer em diversos locais no crânio, principalmente na parte da frente, na região da face (encefalocele sincipital), na parte de baixo, chamada de base do crânio (encefalocele basal) ou na parte de trás da cabeça (encefalocele occipital). Além disso, a encefalocele pode ocorrer juntamente a outras alterações físicas e neurológicas. A encefalocele pode se manifestar de maneiras diferentes, dependendo da localização do defeito e da gravidade do quadro. Quando a malformação se localiza na parte da frente do crânio, a encefalocele pode não ser percebida, ou levar a deformidades na região da face. A encefalocele basal também tem apresentações variadas. Pode não ter nenhuma manifestação aparente, pode causar deformidades na face, ou ainda causar obstrução do nariz, com infecções respiratórias e meningites frequentes. Já na encefalocele occipital, é possível ver uma massa recoberta por pele na parte de trás da cabeça. Nesses casos, também pode ocorrer atraso do desenvolvimento da criança, dificuldade para mamar, alterações visuais e convulsões. O diagnóstico da encefalocele, em alguns casos, pode ser feito durante as consultas de pré-natal, através da ultrassonografia. Após o nascimento, pode-se suspeitar do diagnóstico pela observação das alterações na cabeça e na face. Os exames mais utilizados para confirmar este diagnóstico são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
Referências:
UpToDate .Primary (congenital) encephalocele. Informação atualizada em fevereiro de 2017. Disponível em: http://www.sibi.usp.br/. Acesso em: 27 mar. 2017.Autor do resumo:
Lenisa de Mello e SouzaRevisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão, Prof. Dr. Fabio Carmona