sábado, 14 de agosto de 2021

Por que uma criança com COVID-19 pode precisar ir para a UTI?

Crianças podem desenvolver sintomas graves da COVID-19 e apresentar diminuição do oxigênio no sangue, situação que poderá exigir a admissão em uma UTI.

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Crianças estão sujeitas à COVID-19 e por isso, podem desenvolver os sinais ou sintomas mais comuns da doença, como: dor de garganta, nariz escorrendo, nariz entupido, febre, tosse e cansaço. Em alguns casos, pode haver o agravamento da doença, assim como é no adulto, e sintomas como falta de ar, calafrios, dificuldade para respirar e dor no peito se tornam presentes. Nesses casos, os profissionais de saúde vão avaliar alguns critérios para decidir se a criança deve ou não ir para a unidade de terapia intensiva (UTI). A UTI conta com profissionais e equipamentos especializados que permitem fazer diversos tipos de monitorização das funções corporais de pacientes que precisam de um nível de atenção muito alto. Dentre os critérios para ser admitido na UTI, o mais importante a ser levado em consideração na COVID-19 é a saturação, ou seja, o quanto de oxigênio está circulando no sangue. O oxigênio é fundamental para que todos os órgãos do nosso corpo tenham energia para funcionar. Assim, a saturação normal é de 95 até 100%. Quando esse índice se encontra menor do que isso, principalmente menor do que 90%, o paciente tem seu estado agravado. O problema é que a falta desse oxigênio, por mais que pareça pequena, é danosa. Nesse caso, os profissionais de saúde precisam intervir e começar a ventilar o organismo do paciente por meio dos equipamentos e processos adequados. Na UTI, a criança pode receber a ventilação mecânica, que é quando há a intubação do paciente e a ventilação é feita por uma máquina. Além da saturação, outro critério é a possibilidade de sepse, que é quando a inflamação dos pulmões causada pela COVID-19 se espalha por todo o corpo. E assim, na tentativa de combater a infecção, o corpo começa a atacar a si próprio. Nesses casos, a UTI é fundamental para manter a criança estável, administrando medicações, monitorando e possibilitando que o paciente tenha condições de reagir a infecção. Por último, as crianças com COVID-19 podem desenvolver uma síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (MIS-C ou SIM-P), ou seja, dias depois do corpo superar a fase mais virulenta da doença, a criança fica acometida novamente, mas agora com uma inflamação em vários sistemas do corpo, podendo, novamente, necessitar da UTI.

Referências: 
UpToDate. COVID-19: Management in children. Informação atualizada em julho de 2021. Disponível em : https://www.uptodate.com. Acesso em: 13 ago. 2021.

UpToDate. COVID-19: Multisystem inflammatory syndrome in children (MIS-C) management and outcome . Informação atualizada em julho de 2021. Disponível em : https://www.uptodate.com. Acesso em: 13 ago. 2021.

Autor do resumo:
Olga Carvalho Gomes da Costa

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.


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