O uso de máscaras e o distanciamento social são medidas de contenção para reduzir a transmissão do vírus, mas não é possível assegurar 100% de sua eficácia.
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A principal forma de transmissão de SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, é por meio de gotículas liberadas nas secreções respiratórias de uma pessoa com infecção quando ela tosse, fala, espirra. Quanto maior a proximidade com a pessoa fonte da liberação de gotículas, maior será a contaminação. Outras formas de transmissão são via aerossol, partículas infecciosas suspensas no ar, e via contato, quando uma pessoa toca uma superfície contaminada e transfere para suas mucosas como olhos, nariz ou boca. Para reduzir a transmissão desse vírus uma das estratégias utilizadas é o uso de máscaras e medidas de distanciamento social e distanciamento físico. As máscaras são equipamentos de proteção capazes de reduzir a exposição à carga viral de SARS-CoV-2 do usuário, protegendo-o, e evitar que pessoas contaminadas espalhem o vírus para outras não contaminadas. Para isso, as máscaras devem ser utilizadas de forma adequada com otimização do ajuste, cobrindo completamente boca e nariz, e encaixando-se nas laterais do rosto sem deixar áreas de vazamento de ar. O material da máscara também deve ser observado, dando preferência para máscaras descartáveis, máscaras de pano com pelo menos duas camadas de tecido e N95 (reservada preferencialmente para uso de profissionais da área de saúde). Sabe-se que máscaras com válvulas de expiração ou aberturas não devem ser utilizadas por não filtrarem o ar que o usuário libera na respiração. Os cuidados diários com o manuseio da máscara que fazem parte das medidas para evitar a transmissão do vírus incluem desprezar máscaras descartáveis após seu uso, enquanto que máscaras de pano devem ser trocadas se ficarem sujas, úmidas ou difíceis de respirar, devendo ser frequentemente lavadas com água e sabão. Além desses hábitos, a higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70% deve ser realizada imediatamente antes e após o contato com máscaras faciais e com superfícies potencialmente contaminadas para proteção individual e comunitária. Sabe-se que o uso de máscaras e a higienização das mãos são medidas complementares que não substituem o distanciamento social. O distanciamento social é uma medida para prevenir a transmissão do vírus SARS-CoV-2, principalmente incentivada no início da pandemia, ao estimular a permanência das pessoas em suas casas e manter o menor contato pessoal possível com outras. À medida que há redução no número de casos infectados e administração de vacinas desenvolvidas, o distanciamento social pode ser complementado pelo distanciamento físico. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o isolamento físico deve ser feito com a distância de 1 metro entre indivíduos que não moram juntos e compartilham um mesmo ambiente. Tais medidas contribuem para reduzir a transmissão de COVID-19, sendo de grande impacto na diminuição no número de casos. Lembrando que mesmo com a melhora na difusão comunitária da doença com as medidas de proteção individual (máscara) e distanciamento, deve-se priorizar a identificação precoce e o isolamento de pacientes com suspeita de doença, além do estímulo à vacinação.
Referências:
UpToDate. MCINTOSH, Kenneth. COVID-19: Epidemiology, virology, and prevention. Informação atualizada em: 4 de agosto de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 24 jul. 2021
UpToDate. PALMORE, Tara; SMITH, MDBecky. COVID-19: Infection control for persons with SARS-CoV-2 infection. Informação atualizada em: 6 de agosto de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 24 jul. 2021.
BROOKS, John; BUTLER, Jay; REDFIELD, Robert. Universal masking to prevent SARS-CoV-2 transmission: the time is now. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2768532. Acesso em: 24 jul. 2021.
CDC. Your guide to masks. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/prevent-getting-sick/about-face-coverings.html. Acesso em: 24 jul. 2021.
Autor do resumo:
Jamile Leite CitranguloRevisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.