As fraldas de pano são mais sustentáveis e mais acessíveis, já as descartáveis são mais práticas. Cabe a cada família decidir qual o tipo de sua preferência.
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Muitas pessoas acreditam que fraldas descartáveis diminuem as assaduras (também conhecidas como dermatite de fraldas), bem como veem na fralda descartável uma forma de diminuir o trabalho com a lavagem diária de fraldas. Contudo, ainda não há estudos científicos que comprovem que as fraldas descartáveis realmente ajudam a prevenir assaduras. O que se sabe com certeza é que as trocas frequentes das fraldas e a limpeza suave da pele do bebê com água morna e um pano macio são fatores determinantes para evitar assaduras. Outro ponto levantado a respeito das fraldas descartáveis é sua influência na diminuição na incidência de infecções. Estudos comprovaram que, em ambientes hospitalares e com alta concentração de microorganismos, as fraldas descartáveis ajudam na diminuição de infecções em recém-nascidos. Entretanto, faltam dados que comprovem esse benefício também em ambientes domésticos. Fraldas de pano, por outro lado, contribuem com o meio ambiente, já que podem ser reutilizadas muitas vezes. Essa reutilização é dependente de uma lavagem adequada e de uma secagem completa da fralda. Dessa forma, conclui-se que os dois tipos de fraldas apresentam benefícios e desvantagens, cabendo, a cada família avaliar qual tipo de fralda mais se aproxima da sua realidade e de seus valores.
Referências:
UptoDate. Diaper dermatitis. Atualizado em setembro de 2021. Disponível em: http://www.uptodate.com/. Acesso em: 17 out. 2021.UptoDate. Overview of dermatitis: eczema. Atualizado em setembro de 2021. Disponível em: http://www.uptodate.com/. Acesso em: 17 out. 2021.
Erasala, G. N. et al. Diaper area and disposable diapers. Curr Probl Dermatol. v. 40, p. 83–89, 2011. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21325842/ Acesso em: 17 out. 2021.
Chowdary Babu, M. Disposable diapers decrease the incidence of neonatal infections compared to cloth diapers in a level II neonatal intensive care unit. Journal of Tropical Pediatrics, v. 61, n. 4, p. 250–254, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1093/tropej/fmv022 Acesso em: 17 out. 2021.
Autor do resumo:
Aluna Valeska Lourenço Bergamin
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo