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A depressão se manifesta por meio de episódios nos quais a pessoa pode se sentir triste, perder o interesse e prazer na maioria das atividades, falta de sono (insônia) ou muito sono (hipersonia), mudança no apetite ou no peso, agitação ou falta de energia, concentração baixa, pensamentos repetitivos de falta de valor, culpa, morte e suicidio. Geralmente, esses sintomas aparecem de forma episódica, ou seja, de tempos em tempos, sendo que a pessoa pode ficar muito tempo (anos, por exemplo) sem sentir nenhum desses, ter episódios recorrentes (várias vezes, em um curto espaço de tempo) ou eles podem nunca mais acontecer. O risco de recorrência (ou seja, de um episódio de depressão voltar acontecer) é maior nos meses depois que o episódio aconteceu. Assim, a chance de recorrência diminui na medida em que a recuperação melhora. Alguns fatores que podem estar associados com uma maior probabilidade de se voltar a ter episódios depressivos são: o indivíduo já ter sofrido outros episódios anteriores, apresentar sintomas depressivos que permaneceram mesmo depois do fim de uma crise maior, a pessoa sofreu maus tratos infantis (como abuso, conflitos familiares na infância, negligência), severidade do episódio, idade do paciente (geralmente os mais novos têm maiores chances), desregulação emocional e exposição frequente a adversidades. O tempo médio para que um paciente se recupere de um caso de depressão é geralmente de vinte semanas, dependendo da severidade dos sintomas, altos níveis de ansiedade, comorbidades pré-existentes (incluindo desordens de personalidade), entre outros. Para que os episódios não voltem a ocorrer com frequência, ou até mesmo não ocorram mais, é importante seguir com tratamentos para depressão. Geralmente, a combinação de medicamentos e psicoterapia é eficiente e o mais recomendado. Uma vantagem da psicoterapia é que seus benefícios podem persistir até mesmo depois do fim do tratamento, já que ela pode ajudar a pessoa a desenvolver habilidades e se tornar mais capaz de resolver e pensar sobre os problemas da vida. Quando o tratamento é iniciado, a melhora dos sintomas pode demorar algumas semanas (de 4 a 8, por exemplo). A maioria das pessoas precisa usar o tratamento por 6 a 9 meses, no entanto, é sempre importante consultar um médico especialista para analisar cada caso.
Referências:
UpToDate. Unipolar depression in adults: course of illness. Informação atualizada em abril de 2020. Disponível em:https://www.uptodate.com. Acesso em: 11 nov. 2021.
UpToDate. Unipolar major depression in adults: choosing initial treatment. Informação atualizada em novembro de 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 11 nov. 2021.
UpToDate. Patient education: depression in adults, beyond the basics. Informação atualizada em março de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 11 nov. 2021.
Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
