Anabolizantes são compostos, principalmente androgênios, usados para melhorar a performance física, mas que podem causar problemas cardíacos, psiquiátricos e reprodutivos.
***
Alguns atletas, fisiculturistas e pessoas não atletas usam anabolizantes como uma estratégia para melhorar a performance atlética, aumentar a massa muscular e a atratividade física, tentando ser mais musculosos. As principais drogas utilizadas como anabolizantes são esteroides androgênicos que aumentam a massa muscular e diminuem o tecido gorduroso. Exemplos de androgênios podem ser ésteres de testosterona, que são injetáveis, testosterona exógena (enantato), precursores de androgênios, como trembolona, além de estanozolol, nandrolona, entre outros. Por mais que seja intuitivo que andrógenos aumentem a massa muscular, não existem evidências de que o uso de anabolizantes realmente melhore a força do músculo. Além disso, vários são os efeitos colaterais e complicações decorrentes do uso de anabolizantes, principalmente quando são usadas altas doses. Por exemplo, estudos indicam problemas com diminuição do tipo bom de colesterol (HDL), aumento do colesterol ruim (LDL) e possível hipertrofia cardíaca (coração aumentado). Além disso, sintomas psiquiátricos, incluindo desordens de humor, comportamento agressivo, sintomas hipomaníacos e depressivos também podem ser observados em consumidores de anabolizantes. Em mulheres, esses produtos podem causar acne, aumento de pelos, aumento do clitóris e voz mais grave. Nos homens, por conta da testosterona, as funções testiculares são suprimidas, diminuindo a produção natural de testosterona e de espermatozoides. O uso prolongado de anabolizantes pode causar diminuição de volume testicular e problemas com a fertilidade.
Referências:
UpToDate. Use of androgens and other hormones by athletes. Informação atualizada em Agosto de 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 24 mar. 2022.Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro CarrapatoCurso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.