A prescrição off-label refere-se ao uso de medicamentos para condições ou pacientes para os quais eles não foram oficialmente aprovados. Seja para crianças, seja para adultos, a prescrição off-label pode envolver riscos e deve ser realizada com cautela.
***
A prescrição off-label refere-se ao uso de medicamentos para condições ou pacientes para os quais eles não foram oficialmente aprovados. Por exemplo, alguns medicamentos aprovados para adultos também são prescritos off-label para crianças. Esse tipo de prescrição é comum na pediatria, pois muitos medicamentos são testados primeiro em adultos e só depois em crianças. A falta de dados sobre medicamentos pediátricos gera diversos problemas, como incerteza sobre sua eficácia, desconhecimento dos possíveis efeitos colaterais e falta de informações precisas sobre a dosagem. Diante da falta de medicamentos aprovados, o médico pode recorrer à prescrição off-label para tratar a doença ou aliviar os sintomas do paciente. Os principais motivos para essa prática são a escassez de medicamentos para certas condições, a falta de resposta dos pacientes aos tratamentos convencionais e a demora na aprovação de novos medicamentos, mesmo quando há boas evidências de sua eficácia. Diante dessa necessidade, os médicos recorrem à prescrição off-label, mesmo considerando os riscos envolvidos. Por isso, é fundamental que o paciente ou seu cuidador converse com o médico para entender o motivo dessa prescrição e como ela pode contribuir para o tratamento.
Referências:
ALAZMI, Aeshah et al. Off-label drug use in pediatric out-patient care: a multi-center observational study.” Hospital Pharmacy, v.56, n. 6, p. 690-696, 2021. doi:10.1177/0018578720942226
Autor do resumo:
Gustavo José Miranda da Cunha
Egressa do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.