O aumento das ondas de calor e temperatura, tempestades mais fortes, aumento de enchentes ou secas muito fortes, bem como de queimadas podem impactar a saúde física e mental das populações.
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As mudanças climáticas, a exemplo do aquecimento global, são um resultado de um aumento das concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa, os quais estão aumentando principalmente devido à queima de combustíveis fósseis (como o petróleo, usado em veículos e indústrias). Esses gases se concentram na atmosfera, interagindo com a luz solar e outras partículas, podendo aumentar a temperatura do planeta Terra. As mudanças climáticas estão associadas a: ondas de calor mais intensas; furacões e tempestades mais fortes; aumento do risco de enchentes ou secas; aumento do tempo do ano em que fica calor, o que pode levar a um maior número de incêndios, principalmente em áreas secas. Todos esses fatores colocam em risco a saúde das pessoas por diversos motivos, envolvendo influência em condições crônicas (como aumento da pressão arterial) e agudas (como infecções, infarto, acidentes). O aumento do calor e das ondas de calor faz com que o corpo precise se adaptar a um ambiente mais quente (geralmente aumentando o suor, fazendo com que os vasos se tornem um pouco mais dilatados) e, assim, aumenta a mortalidade por descompensação de doenças crônicas (como diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares e renais). Ainda, estatísticas mostram que o calor extremo pode influenciar na forma como o corpo lida com determinados medicamentos, aumentando o número de hospitalizações nos períodos mais quentes. O maior número de incêndios pode gerar impactos físicos, como queimaduras diretas, assim como aumento de fumaça, contendo partículas tóxicas, piora da qualidade do ar, o que piora a inflamação do pulmão e exacerba doenças pulmonares, como asma. Alagamentos têm um risco imediato de afogamento, eletrocução, quedas (tanto de pessoas como de objetos, como o desabamento de edificações), acidentes de carro, exposição a toxinas e doenças infecciosas (como leptospirose). Além dos riscos físicos citados, é importante notar que todas essas alterações podem causar impactos importantes na saúde mental. A perda da própria casa, morte de pessoas próximas, o medo constante de ser afetado pelas mudanças podem desencadear transtornos mentais importantes. Dessa forma, além das medidas necessárias em casos urgentes, é preciso que a população e os governos comecem a planejar medidas para prevenção e mitigação das mudanças climáticas.
Referências:
UpToDate. Climate emergencies. Informação atualizada em maio de 2024. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 13 maio 2024.Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro CarrapatoCurso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.