Remédios caseiros são eficazes para o tratamento de alguns sintomas mas, em caso de não melhora, um médico deve sempre ser consultado.
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Remédios caseiros têm sido utilizados pela humanidade desde a pré-história e são, em sua maioria, feitos com plantas medicinais. No final do século XIX e no início do século XX, o grande desenvolvimento das técnicas e da indústria farmacêutica, além do conhecimento médico, levaram à redução do uso de remédios caseiros. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas comunidades, especialmente aquelas sem acesso a serviços de saúde, continuam utilizando remédios caseiros como sua única forma de tratamento. Os remédios caseiros são, em geral, consumidos na forma de infusões (chás). Exemplos de remédios caseiros incluem chá de camomila, de hortelã, de erva-doce (todos usados para cólicas e gases), entre outros. Nos Estados Unidos, os remédios caseiros feitos com plantas são tratados como suplementos alimentares, enquanto na Europa e no Brasil, eles são tratados como medicamentos. A Farmacopeia Brasileira é o documento oficial que determina o que pode ser utilizado como medicamento no Brasil. Nela e em seu suplemento, o Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira, diversas plantas medicinais estão listadas, para uso na forma de chás, algumas delas sem a necessidade de receita médica. Alguns cuidados precisam ser observados. Primeiro, devem-se utilizar chás de origem confiável, ou seja, adquiridos em estabelecimentos especializados e certificados, ou coletados a partir de plantas que foram identificadas por especialistas, para que se garanta a identidade da espécie e a ausência de contaminações por fungos, metais ou pesticidas. Segundo, o fato de chás serem produtos de origem natural não quer dizer que não possam trazer efeitos colaterais. É preciso ficar atento a eles e respeitar as orientações presentes na literatura especializada, incluindo o modo de preparo, a conservação, a dose (quantidade de chá) e o tempo de uso. Esses medicamentos fitoterápicos podem ser utilizados para o alívio de alguns sintomas mas, em caso de não melhora, um médico deve ser sempre consultado.Referências: World Health Organization. WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023. Genebra: WHO, 2013.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. BRASIL. Farmacopeia Brasileira (Volumes 1 e 2). 5a ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2010.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. BRASIL. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 1a ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2011.
Autor do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona
Revisores do resumo: Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
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