quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Como evitar a transmissão de doenças em creches e pré-escolas?


A disseminação de doenças pode ser evitada, por exemplo, pela lavagem das mãos de alunos e funcionários após ir ao banheiro e antes de manipular alimentos.

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A disseminação de doenças infecciosas nas pré-escolas e creches sofre a influência das práticas utilizadas no cuidado das crianças e pessoas que compartilham o ambiente.  Por exemplo,  a freqüência de doenças respiratórias e diarréia é maior em pré-escolas e creches onde a lavagem de mãos é infreqüente e também onde funcionários acumulam as funções de manipular alimentos e trocar fraldas. Outra prática que ajuda a disseminação de doenças nas pré-escolas e creches é a utilização do banheiro por crianças pequenas sem supervisão de algum adulto, pois elas não têm o costume de lavagem das mãos após o uso do banheiro. Já uma prática no cuidado do ambiente que também aumenta o risco de disseminação de doenças é ter salas com um grande número de alunos. Dessa forma, há algumas atitudes que a escola ou creche pode adotar para evitar a disseminação de doenças infecciosas: estabelecer uma rotina de limpeza de brinquedos e superfícies; estabelecer uma rotina de lavagem das mãos, para funcionários e crianças, antes da manipulação de alimentos, antes de qualquer atividade relacionada à alimentação, após o funcionário ajudar uma criança a usar o banheiro e sempre que o funcionário ou a criança estiver em contato com fezes, urina, secreções do nariz, dos olhos ou da boca; instalar uma pia em cada classe para lavagem das mãos; usar luvas descartáveis, durante o contato com sangue ou secreções; ter um menor número de crianças por sala; separar as crianças por faixa etária; estabelecer normas e monitoramento de vacinação de crianças e funcionários; utilizar fraldas descartáveis e utilizar roupas por cima das fraldas; ter uma área de troca de fraldas separada, desinfetada após cada uso, com descarte apropriado das fraldas usadas; estabelecer uma rotina padronizada de troca de fraldas fixá-la em lugar visível próximo à área de troca; não permitir que funcionários acumulem as funções de troca de fraldas e manipulação de alimentos. Há fortes evidências de que a lavagem adequada das mãos com água e sabão reduz o risco de disseminação de doenças infecciosas e são as intervenções mais econômicas para evitar o adoecimento e morte de crianças.

Referência: Nesti, Maria; Goldbaum, Moisés. As creches e pré-escolas e as transmissões de doenças. Jornal de Pediatria, v.83 n.4, p.299-312, 2007.

Autor do resumo: Ângelo Alves Favaro
Revisores do resumo: Nivaldo Sena da Silva, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

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