A vacina contra a COVID-19 busca proteger a pessoa do vírus SARS-CoV-2, evitando que fique doente, mesmo que entre em contato com este vírus.
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A vacina contra a COVID-19 busca proteger a pessoa do vírus SARS-CoV-2, evitando que fique doente, mesmo que entre em contato com este vírus. As vacinas contra a COVID-19 são consideradas a abordagem mais promissora para o controle da pandemia. O desenvolvimento de vacinas para a COVID-19 está ocorrendo em um ritmo extremamente rápido, graças ao empenho de inúmeros pesquisadores e da tecnologia disponível. As vacinas contra o SARS-CoV-2 estão sendo desenvolvidas usando vários métodos diferentes, desde os mais tradicionais (como vírus inativado ou atenuados) aos mais recentes e inovadores (como utilização de proteínas recombinantes, vacinas de vetor e vacinas de RNA e DNA). Nos testes de fase inicial em humanos, diversas vacinas demonstraram a capacidade de proteger a pessoa sem causar muitos efeitos adversos. A distribuição da quantidade limitada das vacinas, que estarão inicialmente disponíveis, deve ser justa e eficiente. Diversas organizações de especialistas forneceram orientações para que o modo de distribuição das vacinas maximize os benefícios individuais e sociais da vacinação. A prioridade da vacinação tende considerar os trabalhadores em setores essenciais, como os profissionais de saúde, e indivíduos em risco de infecção grave, como idosos e indivíduos com comorbidades (com outras doenças associadas à forma grave da COVID-19). Após a ampla distribuição das vacinas contra o SARS-CoV-2, deve-se analisar mais detalhadamente questões relacionadas à eficácia da vacina, incluindo a duração da proteção e a necessidade de doses adicionais da vacina. Outro aspecto importante é detectar possíveis problemas de segurança (como eventos adversos raros) que podem surgir durante a vacinação da população e que não foram observados inicialmente (devido à baixa ocorrência desses eventos). Alguns casos de reação alérgica foram relatados, porém, a maioria ocorreu em indivíduos com histórico de reações alérgicas prévias. Deve-se lembrar que todas as vacinas e medicamentos (inclusive para outras doenças) estão sujeitos a apresentar efeitos adversos, porém, os seus benefícios (como a proteção contra a COVID-19) devem superar os seus riscos (como os raros casos de reação alérgica).
Referências:
Uptodate. Edwards, Kathryn M; Orenstein, Walter A. Coronavirus disease 2019 (COVID-19): vaccines to prevent SARS-CoV-2 infection. Informação atualizada em: 16 dez. 2020. Disponível em: http://www.sibi.usp.br/. Acesso em: 16 dez. 2020.
CAIRES, Luiza. Vacinas: especialistas da USP esclarecem a população sobre tema que engaja todo o país. Jornal da USP. 14 dez. 2020. Ciências. Disponível em: jornal.usp.br/?p=378507. Acesso em: 16 dez. 2020.
NISHIOKA, Sérgio de Andrade. Imunidade celular e proteção contra a COVID-19. Portal UNA-SUS, 12 ago. 2020. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/markdown/251. Acesso em: 17 dez. 2020.
BBC NEWS. Alergia a vacinas: o que se sabe sobre os 4 casos de reação ao imunizante contra covid-19. BBC, 17 dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55346473. Acesso em: 17 dez. 2020.
Autor do resumo:
Gustavo José Miranda da Cunha
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.