A prevenção da herpes neonatal é feita prevenindo o herpes genital e evitando o contato do bebê com lesões (feridas) de pele ou boca de outras pessoas.
***
A prevenção da herpes neonatal é feita prevenindo o herpes genital e evitando o contato do bebê com lesões (feridas) de pele ou boca de outras pessoas. A transmissão do vírus herpes da gestante para o bebê ocorre geralmente durante o trabalho de parto a partir do contato do bebê com as regiões genitais infectadas da mãe. Portanto, gestantes que nunca apresentaram lesões de herpes em regiões genitais devem se proteger, até o sexto mês de gravidez, usando camisinha durante a relação sexual com um parceiro que é infectado pelo vírus herpes. Do sexto mês de gestação até o momento do parto deve-se evitar relação sexual com um parceiro infectado. O risco de transmissão do parceiro para a gestante também pode ser reduzido por meio do uso de alguns medicamentos que reduzem a multiplicação do vírus herpes, chamados de antivirais. Gestantes que apresentam lesões genitais durante a gravidez são tratadas com antiviral. Tal medicamento não parece trazer riscos para o feto. Pessoas com lesões recentes de herpes na boca podem transmitir o vírus para o bebê depois do nascimento por meio do contato pele a pele (por exemplo, quando se beija o bebê). Mulheres devem evitar amamentar a criança quando há lesões de herpes nos seios e cobrir qualquer lesão que possa entrar em contato com o bebê. Gestantes que, no passado, já apresentaram lesões de herpes genital, e que estão com lesões no momento do parto, têm baixo risco de transmitir o vírus herpes para o bebê. Entretanto, exames de sangue para detectar a presença do vírus devem ser feitos na criança, mesmo que ela esteja bem, e deve-se ficar atento para o aparecimento de sintomas do herpes neonatal (lesões de pele, boca, olhos, febre, sonolência). Caso os exames sejam positivos, o tratamento com antiviral para o herpes é feito por alguns dias mesmo que o bebê continue sem sintomas. O risco de transmissão do herpes para criança é maior no parto normal que no parto cesáreo, entretanto o parto cesáreo não elimina completamente o risco de transmissão. O rompimento da bolsa de líquido amniótico (líquido que envolve o bebê dentro do útero) quatro horas ou mais antes do parto aumenta as chances de ocorrer transmissão do vírus herpes para o bebê. Quando o bebê adoece pela herpes neonatal, o tratamento com um medicamento antiviral, principalmente logo no início dos sintomas, reduz as chances de sequelas e aumenta bastante as chances de sobrevivência. Raramente, o tratamento do bebê com antiviral pode causar convulsões e problemas no rim ou no sangue. Mesmo quando a doença é tratada, o vírus herpes permanece inativo no nosso organismo e as lesões de herpes podem aparecer novamente em algum momento da vida da criança.
Referências:
UpToDate. Neonatal herpes simplex virus infection: management and prevention. Informação atualizada em: 16 de fevereiro de 2016. Disponível em: http://www.sibi.usp.br/. Acesso em: 17 jun. 2017.Autor do resumo:
Nivaldo Sena da SilvaRevisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
