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A Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido é uma doença respiratória que ocorre, geralmente, devido à imaturidade dos pulmões do bebê. É mais comum em bebês prematuros, principalmente naqueles que nascem com menos de 28 semanas (7 meses). Sabe-se que quanto menor a idade gestacional, maior a ocorrência dessa síndrome, e também que em bebês nascidos a termo (no período adequado) a ocorrência é menor. A Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido ocorre porque os pulmões dos bebês prematuros não produzem a quantidade necessária de uma substância chamada surfactante. O surfactante é um líquido que cobre a parte interior dos alvéolos (menores unidades do pulmão, onde ocorre a oxigenação do sangue), mantendo-os abertos e fazendo com que o pulmão fique expandido para realizar a respiração após o nascimento. A dificuldade respiratória se caracteriza por uma respiração rápida e superficial, com grunhidos, retrações na região das costelas, batimento das asas nasais e até cianose (coloração azulada, principalmente na boca e dedos do bebê, que indica falta de oxigênio). A criança pode também apresentar momentos de apneia, ou seja, intervalos de alguns segundos sem respirar. Os sintomas geralmente se iniciam logo após o nascimento e podem se tornar mais graves durante os dois primeiros dias de vida. Geralmente, os médicos reconhecem o quadro e iniciam o tratamento logo após o parto, mas pode ser necessário realizar exames para confirmar o diagnóstico, além de descartar a possibilidade de outras doenças. Alguns dos exames que podem ser solicitados são: raio X, gasometria, exames de sangue, verificação da glicemia (quantidade de açúcar no sangue) e ecocardiografia. Os bebês que apresentam condição grave, geralmente, são levados para a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal, para início do tratamento e monitorização. Além da prematuridade, existem alguns outros prováveis fatores de risco para a ocorrência da Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido. São eles: filhos de mães diabéticas, hemorragia (sangramento) no momento do parto, infecções e asfixia perinatal (impossibilidade do bebê respirar imediatamente após o nascimento). A Síndrome da Angústia Respiratória também pode ocorrer em bebês não prematuros que apresentam alterações genéticas que impossibilitam a produção de surfactante. Para prevenir essa condição, é importante realizar o pré-natal adequadamente, tratar possíveis doenças maternas, manter hábitos alimentares saudáveis e evitar bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas. Nos casos em que o médico avalia, durante o pré-natal, que há possibilidade do bebê nascer antes do tempo adequado, é possível realizar um tratamento na mãe com injeções de corticoide. Este medicamento estimula a produção de surfactante pelos pulmões do bebê, induzindo seu amadurecimento e prevenindo a ocorrência da Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido.
Referências:
Dynamed. Respiratory distress syndrome (RDS) of the newborn. Informação atualizada em 26 de junho de 2017. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/periodicos. Acesso em: 12 jul. 2017.
Dynamed. What is Respiratory Distress Syndrome? Informação atualizada em 24 de janeiro de 2012. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/periodicos. Acesso em: 12 jul. 2017.
Autor do resumo:
Lenisa de Mello e SouzaRevisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão