Para diminuir as chances de infecção pelo novo coronavírus, os profissionais de saúde bucal devem usar equipamentos de proteção individual e lavar bem as mãos.
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A COVID-19 é uma doença infecciosa que é transmitida por gotículas respiratórias e aerossóis de uma pessoa infectada pelo novo coronavírus. Nos procedimentos odontológicos, existe contato próximo com os pacientes, sua saliva, sangue e a possibilidade de gerar gotículas e aerossóis. Existe um alto risco de transmissão do novo coronavírus entre profissionais de saúde bucal e pacientes. Para diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus, algumas medidas de controle de infecção devem ser tomadas. Os profissionais de saúde bucal aqui incluídos são todas as pessoas que trabalham em ambientes de assistência odontológica e estão sob risco de se expor direta ou indiretamente a pacientes ou materiais infecciosos como substâncias do corpo, equipamentos contaminados, superfícies contaminadas e ar contaminado. Os profissionais de saúde bucal devem usar equipamentos de proteção individual (EPIs) em seus trabalhos, que servirão de barreira ao sangue ou secreções potencialmente infectadas. Os EPIs recomendados são máscaras, luvas, aventais (jalecos ou capotes) e óculos ou protetores faciais. As máscaras cirúrgicas protegem a boca e o nariz contra respingos de gotículas, mas não oferecem proteção completa contra a inalação de aerossóis. Assim, as máscaras recomendadas para procedimentos odontológicos são as do tipo n95 ou as PFF2/FFP2. Caso não haja o EPI minimamente aceitável que é a máscara cirúrgica e protetor facial, o atendimento odontológico não deve ser realizado, mesmo que seja de emergência, e o paciente deve ser encaminhado a uma clínica onde haja EPI apropriado. Segundo Larson et al., a higiene das mãos é a medida mais importante para diminuir o risco de um dentista transmitir microorganismos aos seus pacientes. Os profissionais de saúde bucal devem lavar as mãos constantemente, incluindo antes e após o contato com pacientes, após o contato com superfícies ou equipamentos contaminados e após retirar os EPIs. Como as informações estão mudando muito rapidamente, os dentistas devem consultar periodicamente os seus órgãos reguladores.
Referências:
L. Meng. et al. Coronavirus Disease 2019: emerging and future challenges for dental and oral medicine. Journal of Dental Research. 2020. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0022034520914246. Acesso em 04 Abr. 2020.
G. Spagnuolo et al. COVID-19 Outbreak: an overview on dentistry. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2020. https://www.mdpi.com/1660-4601/17/6/2094/html. Acesso em 04 Abr. 2020.
X. Peng et al. Transmission routes of 2019-nCOV and controls in dental practice. Nature, International Journal of Oral Science. 2020. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41368-020-0075-9?fbclid=IwAR2FOrUL6qqW7Lbnn7d06QBVSL0UuXEpFlSw-VMIIDbGyxhnf-h4fVjaHh0. Acesso em: 09 Abr. 2020.
Centers for Disease Control and Prevention. Coronavirus Disease 2019. Informação atualizada em: 07 Abr. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/dental-settings.html. Acesso em: 09 Abr. 2020.
Autor do resumo:
Jéssica Nara Targino Cavalcante
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.
