A aplicação de novo reforço da vacina contra a Covid-19 é orientada a todos que já completaram o ciclo vacinal inicial e tomaram o primeiro reforço.
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Atualmente, a 4ª dose da vacinação contra a COVID-19 já está sendo aplicada em território nacional, sendo distribuída de acordo com a idade e com o término do ciclo vacinal inicial. A recomendação da vacinação parte do Ministério da Saúde e se estende para todos os brasileiros independente de qual regime vacinal e primeiro reforço tenham tomado previamente. Para poder tomar o segundo reforço, é necessário que se tenha tomado o primeiro há, pelo menos, 4 meses. A nova medida da vacinação reflete estudos recentes que comprovam maior proteção contra a COVID-19 severa e o óbito associado à doença em pessoas vacinadas com o segundo reforço do que naquelas com um ou nenhum reforço. É importante mencionar que para aqueles que inicialmente se vacinaram com uma única dose da vacina da farmacêutica Janssen, a orientação é diferente: deve-se tomar a primeira dose de reforço após 2 meses da aplicação da dose única, em seguida, tomar o segundo reforço 4 meses após o primeiro e, por fim, naqueles com mais de 40 anos, orienta-se ainda tomar um terceiro reforço 4 meses após o segundo (segue ao final do texto, uma tabela de orientação com relação ao esquema vacinal para a população geral). O Ministério recomenda, seguindo orientações internacionais, que as doses de reforço distribuídas sejam preferencialmente daquelas vacinas com tecnologia do RNA mensageiro, como é o caso da vacina da farmacêutica Pfizer, ou daquelas com a tecnologia do vetor viral, como é o caso da vacina da AstraZeneca e da Janssen, independentemente do tipo do imunizante anteriormente administrado. Isso porque estudos iniciais revelaram que a vacinação feita com diferentes imunizantes se mostra mais eficaz na geração de anticorpos e na proteção contra a gravidade da doença, além de aumentar a proteção contra os casos sintomáticos da nova variante ômicron. A mesma proteção não é tão bem percebida quando a vacinação se dá com um mesmo imunizante, por isso, a vacinação com imunizantes distintos e tecnologias novas é recomendada. Não se sabe exatamente quantas doses de reforço serão necessárias para controlar a disseminação do novo coronavírus e os casos graves da COVID-19, no entanto, sabe-se que as reações adversas das doses de reforço são leves e bem semelhantes aos primeiros ciclos de vacinação. De modo geral, recomenda-se a procura da unidade básica de saúde mais próxima de sua casa para conferir o esquema vacinal da sua cidade ou bairro e quando as doses estarão disponíveis para seu perfil.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Nota técnica 37/2022-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, 3 de Junho de 2022. Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-37-2022-segundo-reforco-covid-trabalhadoressaude.pdf Acesso em: 3 jul. 2022UptoDate. COVID-19: vaccines. Atualizado em: 21 de janeiro de 2022.. Disponível em http://www.uptodate.com/ Acesso em: 2 jul. 2022.
Valor Econômico. 4ª dose de vacina contra covid: saiba quem pode tomar e onde já estão disponíveis. Disponível em: https://valor.globo.com/ Acesso em: 03 jul. 2022.
Sociedade Brasileira de Imunologia. Covid-19: vacinas em uso no Brasil. Atualizado em 20 de Julho de 2022. Disponível em: https://sbim.org.br/covid-19 Acesso em: 20 de Julho de 2022.
Autor do resumo:
Aluno Lucas Soares da Rocha
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.