Ver estrelinhas durante a gravidez pode ser sinal de pré-eclâmpsia, que é um aumento da pressão arterial durante a gravidez, aumento de proteína na urina e possíveis problemas em alguns órgãos.
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A pré-eclâmpsia é uma condição perigosa e, geralmente, acontece depois da segunda metade da gravidez (depois de 20 semanas), sendo mais comum no final da gravidez (34 semanas ou mais), podendo ocorrer durante o trabalho de parto ou depois do nascimento do bebê. As grávidas com pré-eclâmpsia apresentam alta pressão arterial, podem ter muita proteína na urina ou problemas nos órgãos, como fígado, rins, cérebro, olhos ou placenta (órgão que troca nutrientes e oxigênio entre a mãe e o bebê). A maioria das pessoas com pré-eclâmpsia não sente nada diferente do normal. No entanto, os casos mais severos podem apresentar: dor de cabeça severa ou persistente; anormalidades visuais, como escotomas (ver as estrelinhas ou pontos cegos na visão), visão embaçada ou fotofobia; dor abdominal; estado mental alterado, como confusões, agitação ou alteração de humor e comportamento; falta de ar ao fazer esforços ou quando deita. É importante lembrar que esses sintomas podem ser normais durante a gravidez e não necessariamente indicar pré-eclâmpsia, porém, caso apareçam é importante informar ao médico. Alguns fatores de riscos para pré-eclâmpsia são: casos passados da condição e histórico familiar; a paciente que já apresenta hipertensão crônica; obesidade durante a gravidez; diabetes gestacional; doença crônica do rim; algumas doença autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico). Para diagnosticar a pré-eclâmpsia, a equipe de saúde pode precisar aferir a pressão sanguínea, checar proteínas na urina durante a gravidez e até mesmo realizar exames de sangue para analisar a função de alguns órgãos. Apenas desenvolver hipertensão gestacional não indica necessariamente um quadro de pré-eclâmpsia, mas ainda é importante a consulta médica. Para os casos que se desenvolvem durante a gravidez, a forma principal de tratamento é o nascimento do bebê. Para isso, a equipe de saúde e a gestante decidem qual a melhor conduta, pensando na severidade do quadro e de quantas semanas a gestante está. Não há nada que se possa fazer para prevenir quadros de pré-eclâmpsia, mas realizar o pré-natal completo permite que a equipe de saúde consiga rapidamente identificar o caso e gerenciar a situação.
Referências:
UpToDate. Patient education: preeclampsia. Informação atualizada em julho de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 jul. 2022.
UpToDate. Preeclampsia: clinical features and diagnosis. Informação atualizada em maio de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 5 jul. 2022.
UpToDate. Preeclampsia: management and prognosis. Informação atualizada em Junho de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 jul. 2022.
UpToDate. Preeclampsia: prevention. Informação atualizada em Abril de 2022. Disponível em:https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 jul. 2022.
Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.