quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Por que a pandemia afetou a saúde mental?

Os profissionais de saúde, pessoas com COVID-19 e população geral apresentaram problemas de saúde mental em decorrência do tempo prolongado de quarentena, cansaço, medo de contaminação e por terem familiares internados com COVID-19.
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O aumento de problemas mentais e psicológicos podem ser divididos por categorias: profissionais da saúde, principalmente aqueles que atuaram na linha de frente, pessoas com COVID-19 e a população em geral. Os profissionais da saúde possuem fatores de risco para problemas mentais e psicológicos durante a pandemia, como: o contato direto com pacientes afetados pela COVID-19, histórico prévio de desordens psiquiátricas, tempo prolongado de quarentena, percepção da falta de organização de apoio e percepção de estigmas contra profissionais da saúde e cansaço. No caso dos profissionais de saúde, alguns fatores ajudam a diminuir os problemas de saúde mental, como: o acesso aos equipamentos de proteção, além de ter uma boa rede de suporte, acesso à intervenções psiquiátricas, confiança nas instituições de controle de medidas sanitárias, acesso à comunicação clara de superiores e tempo adequado de descanso. Os sintomas mais frequentes relatados aos profissionais de saúde foram: ansiedade, depressão, insônia e estresse pós-traumático. Entre as pessoas com COVID-19 ou os que tiveram a doença, há o risco aumentado para sintomas psiquiátricos dentre os que sobreviveram à doença de forma aguda, devido ao trauma. Além disso, aqueles que estiveram contaminados por COVID-19 estão associados à um maior risco de diagnósticos psiquiátricos, tais como: déficits cognitivos, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, distúrbios de sono, distúrbios depressivos e distúrbios por uso de substâncias. A COVID-19 está associada a maior risco de déficits cognitivos e distúrbios psiquiátricos por, pelo menos, 2 anos após a contaminação. Já na população em geral, os adultos apresentaram ansiedade, depressão, estresse e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, o TEPT pode estar presente com maior incidência dentre aqueles que tiveram familiares de pacientes admitidos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por causa da COVID-19. Entre as crianças submetidas à quarentena, a ansiedade, sintomas depressivos e medo de contaminação estiveram presentes.

Referências: 
UptoDate. COVID-19: Psychiatric illness. Informação atualizada em agosto de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 16 set. 2022.

UptoDate. COVID-19: Occupational health issues for health care personnel. Informação atualizada em janeiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 16 set. 2022.

Autor do resumo:
Aluna Olga Carvalho Gomes da Costa
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.



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