***
Os espasmos infantis são um tipo de epilepsia que ocorre no começo da infância. A maioria das crianças afetadas têm menos de um ano de idade, geralmente entre 3 a 7 meses, mas podendo aparecer também até um ano e meio (18 meses) de idade. Geralmente, as crianças com a condição apresentam espasmos epiléticos, mudanças no exame da eletroencefalografia e atraso no desenvolvimento neuromotor. O espasmo em si é uma contração de músculos que acontece sem a criança querer. Pode envolver músculos do pescoço, tronco, braços e pernas, acontecendo dos dois lados do corpo e ao mesmo tempo. Os movimentos realizados durante um espasmo podem variar, sendo que pode haver extensão do pescoço e afastamento de braços e pernas ou flexão do pescoço e extensão dos braços e pernas. A intensidade da contração, quantos músculos contraem ao mesmo tempo e o padrão de contração podem variar de acordo com a criança. Geralmente, os espasmos acontecem em grupos, ou seja, vários espasmos seguidos um do outro, e podem durar alguns minutos, acontecendo com maior frequência durante o dia, enquanto as crianças estão acordadas. Depois de um espasmo, a criança pode ficar com uma responsividade diminuída por alguns segundos, dificultando movimentos. Pode também chorar ou gritar. Como podem ser difíceis de identificar e monitorar, caso perceba alguma coisa diferente com a criança, é importante consultar um médico especializado e exames como a eletroencefalografia podem ser necessários para ajudar no diagnóstico.
Referências:
UpToDate. Infantile spasms: clinical features and diagnosis. Informação atualizada em outubro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 17 jan. 2023.UpToDate. Infantile spasms: etiology and pathogenesis. Informação atualizada em abril de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 17 jan. 2023.
Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Observação:
Informações não substituem consultas e exames realizados por profissionais da saúde. Antes de usar esta informação, converse com o profissional que lhe assiste.